quarta-feira, 25 de junho de 2008

CONTROLO DOS ESFÍNCTERES


Para começar a educação do controlo dos esfíncteres, é imprescindível que se reúnam uma série de condições.


A primeira e imprescindível é a fisiológica, ou seja, os músculos dos esfíncteres (bexiga e ânus) devem estar suficientemente desenvolvidos, de forma a que possam fechar-se o necessário para reter as fezes.

A segunda é a condição mental, isto é, a criança deve ser capaz de compreender o que pretendemos dela, e ser consciente do acto que desejamos que realize.

Estes factores são comprováveis quando observamos que a criança:

• Retém a urina, umas duas horas seguidas;

• Manifesta com gestos que tem vontade de evacuar, ou que o está a fazer;

• Pede ao adulto para fazer chichi, quando o está já a fazer, ou mesmo depois de já o ter feito.


O processo deve ocorrer da seguinte forma:

• Tirar a fralda e vestir à criança roupa cómoda, que facilite as acções.

• O lugar mais adequado para que a criança evacue é o bacio.

• Pô-la no bacio quando virmos que retém a urina cerca de duas horas e a bexiga está cheia, para que possa esvaziá-la com facilidade, o que lhe produzirá satisfação e a animará a repetir esse acto. (se possível convertê-lo em rotina).

• Os momentos no bacio devem ser curtos.

• De início é suficiente que evacuem uma vez por dia no bacio.

• Pouco a pouco, ir-se-á dando conta de que se aproxima o momento de urinar e avisará com tempo, o que deve acontecer por volta dos 24 meses, embora se descuide algumas vezes ao longo do dia, por alguma tensão emocional (quando estiver nervosa, absorta numa brincadeira que a atrai, quando estiver com pessoas desconhecidas…) É importante que a criança não veja que nos aborrece, mas que provoca certos inconvenientes.

• Durante a noite a maioria consegue-o entre os dois e os três anos.


Nota:

• Deve respeitar-se o horário próprio de cada criança.

• Não devemos ralhar-lhe quando se descuidar, nem fazer comentários.

• A educação deve ser lenta e sempre em função da maturidade psicológica e física da criança, evitando ser demasiadamente exigentes neste controlo. Algumas crianças por vezes têm regressões (nascimento de um irmão, problemas afectivos…)


terça-feira, 24 de junho de 2008

HÁBITOS NA ALIMENTAÇÃO: A Criança Come Sozinha


A criança começará a comer sozinha sem necessidade de ajuda, quando lhe dermos oportunidade de o fazer.

Quando a criança manifestar, por volta de um ano de idade, o desejo de pegar na colher, não devemos negar-lho, mesmo que nós utilizemos outra ao mesmo tempo para lhe dar de comer, pois desta forma imitará o movimento e irá aperfeiçoar a coordenação mão-boca.

O processo deve ocorrer da seguinte forma:

• Começar por alimentos que tenham uma certa consistência, para evitar que derrame demasiado e provocar a satisfação da criança.

• Pôr-lhe pequenas quantidades no prato, para que possa terminar tudo e sentir-se satisfeita por isso.
• O mesmo deve acontecer com a água, o copo deve conter apenas uma pequena quantidade, até a criança ser capaz de controlar a deglutição.
É aconselhável e educativo que se integre na rotina familiar da alimentação, pois isso motivá-la-á a ir superando as dificuldades, ao mesmo tempo que os adultos lhe vão servir de modelo para os imitar.


Devemos ir incutindo na criança desde o inicio uma série de hábitos na alimentação:

• Acostumá-la a ir à casa de banho antes de se sentar, para evitar que tenha de fazê-lo a meio da refeição.

• Colocá-la numa cadeira alta, que lhe permita chegar com facilidade à mesa ao mesmo tempo que lhe dificulta o poder levantar-se.

• Evitar o uso de brinquedos que possam distraí-la.

• Deixar que no inicio coma ao seu ritmo, embora não termine ao mesmo tempo que os adultos.

• Evitar a TV, ou as histórias quando está a comer, com o fim de potenciar a comunicação, dado que é uma hora excelente para falar sobre os alimentos, as suas características, etc.

• Lavar as mãos, a cara e os dentes depois de cada refeição.


segunda-feira, 23 de junho de 2008

A IGUALDADE DA DIFERENÇA


Ensinar uma criança a respeitar e a valorizar a diferença é uma das tarefas a que nenhum adulto pode fugir. Quanto mais cedo, melhor. É natural que uma criança reaja de forma estranha ao primeiro contacto com uma pessoa de outra etnia, não deixa de ser um ser muito diferente de si própria. No entanto, compete ao adulto explicar que essa diferença não representa um perigo, mas sim algo enriquecedor. É fundamental mostrar que somos todos diferentes uns dos outros, no aspecto e na personalidade, mas que somos todos dignos do mesmo respeito. A criança deve aprender a valorizar e respeitar aquilo que cada um tem de único e a reconhecer a importância das outras culturas. Proporcionar à criança situações que a levem a descobrir que a diversidade cultural é uma das grandes riquezas da vida, é uma mais valia para a aceitação do outro, nomeadamente através de brincadeiras, jogos, imagens, formas de comunicação, gastronomia…

(adaptado de Carla Antunes)

domingo, 22 de junho de 2008

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR


A Educação é o desenvolvimento geral da criança como um todo, ou seja, ao nível cognitivo, psicomotor, afectivo-emocional e ético-moral (aquisição de regras e normas de socialização, bem como a distinção entre o bem e o mal, marcada pelo princípio da liberdade). (aquisição de conhecimentos),

Princípios Básicos da Educação e do Educador

- Organizar o contexto educativo (espaço, materiais, tempo, clima, grupo) onde o jardim-de-infância funciona, de forma motivadora e adequada à idade e ao desenvolvimento das crianças para proporcionar-lhes experiências variadas e com sentido.

- Acolher as crianças estabelecendo com elas relações afectuosas, construindo um ambiente seguro e um clima de interacções positivas baseado na confiança, empatia e respeito mútuo.

- Adequar as actividades e as experiências ao nível do desenvolvimento e às necessidades das crianças.

- Utilizar metodologias globalizantes centradas na criança (nas suas possibilidades e interesses), dando liberdade e o tempo para a criança experimentar, comparar, combinar os materiais, entrar em relação com os outros e descobrir o meio que a cerca numa educação orientada para a autonomia e para a cidadania responsável.

- Deixar a criança aprender através da sua própria acção. A aprendizagem activa estimula a imaginação e incentiva a criança a ter uma boa imagem de si própria.

- Favorecer o prazer que as crianças têm pela descoberta e pela pesquisa, através da qual se realizam um conjunto de actividades viradas para a acção. Durante este processo vão adquirir competências, atitudes e saberes.

- Promover e apoiar actividades lúdicas, favorecendo e apoiando o jogo e as brincadeiras da criança, de acordo com as áreas de conteúdo numa perspectiva integrada. Valorizar os conhecimentos que as crianças já trazem e criar um ambiente estimulante e seguro, para elas construírem aprendizagens significativas.