É uma doença parasitária contagiosa, cujo animal se instala no couro cabeludo, alimentando-se do sangue humano. Vive cerca de 30 dias e a fêmea deposita os seus ovos (lêndeas), presas aos fios de cabelo.
É transmitida pelo contacto directo interpessoal ou pelo uso de utensílios de pessoas contaminadas (bonés, escovas, pentes…)
Caracteriza-se por uma comichão intensa no couro cabeludo. Para combatê-los devem manter-se hábitos higiénicos, tais como, lavar a cabeça diariamente evitando deixar os cabelos húmidos, inspeccionar a cabeça frequentemente e passar assiduamente um pente fino para retirar piolhos e ninfas, não entrar em contacto com pessoas infestadas, não usar de forma colectiva almofadas, pentes, bonés…
O tratamento consiste na aplicação de medicamentos específicos (champôs), no couro cabeludo, para o extermínio dos parasitas e deve ser repetido após 7 dias.
A escola deve ser avisada sempre que a criança apresente este tipo de parasita, para que no caso de existirem mais crianças contaminadas, sejam tratadas ao mesmo tempo, interrompendo assim um novo ciclo de contaminação.
Um lápis na mão de uma criança não é um mero entretenimento. Os desenhos infantis revelam muito sobre o seu mundo.
É através do desenho que as crianças desenvolvem a atenção e a capacidade criativa, mas também exprimem traços de personalidade, emoções contidas, receios silenciados, conflitos familiares… É preciso estar atento e “ouvir” o desenho, sem recriminações.
Da descoberta à imitação:
No inicio é a descoberta: A criança pega no lápis como em qualquer objecto para explorar. Mas aquele objecto causa-lhe surpresa, com ele a criança pode reproduzir algo, faz um rabisco, deixa uma marca numa superfície. O lápis produz um efeito inesperado, que a criança vai querer repetir. Nesta altura (fase dos rabiscos ou realismo fortuito), há sobretudo um prazer motor, é uma coisa quase mágica, o lápis produz um efeito e há uma grande vontade em ser capaz de controlar o objecto que faz aquelas magias, aqueles traços, que ao principio são muito juntos e sobrepostos, e depois mais separados e ritmados, com adição de pontinhos e linhas curvas. Ainda não são propriamente desenhos, mas rabiscos, grafismos, automatismos.
Por volta dos três anos, já existe claramente na criança o intuito de desenhar alguma coisa, de representar a realidade, de reproduzir algo que ela conhece ou que faz parte do seu imaginário: um cão, uma casa, uma fada… é a chamada fase do realismo falhado, em que a criança se esforça para dominar o lápis e transformar um rabisco numa figura identificável. É nesta fase que pode surgir a frustração, as crianças têm uma capacidade muito grande em encontrar semelhanças entre um rabisco e um objecto, e podem ficar frustradas se nós não descobrirmos o que está desenhado. Uma linha curva feita ao acaso é um caracol ou outro animal qualquer… nós é que não vemos o que elas vêem, portanto são desnecessários os comentários depreciativos.
Do entusiasmo à frustração:
A criança pega numa folha, num lápis de cor à sorte e faz um desenho que, que para ela, é claro e óbvio e mostram-no ao adulto. E o que é que ouvem? “Então pintaste tudo da mesma cor? Oh, isto é o que? Esqueceste-te de desenhar as pernas? Olha que o coração não se vê por fora da roupa!” As crianças precisam de ser valorizadas por aquilo que fazem. Não podemos nem devemos esperar ou exigir mais do que aquilo que a criança pode fazer e que é própria para a sua idade. É errado dizer-se a uma criança pequena que o desenho não está bonito porque falta pormenor ou porque as cores não combinam. Para a criança isso não representa qualquer importância, porque os seus padrões estéticos não são os mesmos que os nossos. Se a experiência é repetidamente frustrada, se os adultos estão sempre a apontar falhas, a criança vai sentir-se desvalorizada e consequentemente vai desinteressar-se e desistir de desenhar.
“Escutar” o papel:
A criança fala através dos desenhos, comunica situações do seu quotidiano, exprime espontaneamente os seus interesses, medos e angústias, revela a noção que tem de si própria e a sua visão do mundo, real ou imaginário.
Ao contrário dos adolescentes, as crianças não exprimem o seu mau estar verbalmente. Se estiverem habituadas a desenhar, acabam por comunicar as suas emoções, o seu desconforto, através do desenho.
Sinais de alerta:
Não é suficiente olhar isoladamente para um desenho, é preciso observar um conjunto de desenhos, de preferência ouvindo a explicação da criança. Se as características abaixo indicadas persistirem, se existir um padrão constante, a criança pode necessitar de acompanhamento especializado.
• Figuras sem rosto, sem cabeça…
• Figuras isoladas e fechadas (dentro de círculos por exemplo)
• Figuras riscadas, muito reduzidas ou ausentes (em especial elementos da família)
• Desenhar sempre a mesma pessoa
• Nunca se desenhar a si própria
• Temática da violência constante
• Temática fora da norma e nada habitual para a idade.
Sou uma apaixonada pelo que faço e sinto o maior orgulho por ter o privilégio de trabalhar com as melhores pessoas do mundo, as crianças! Espero que esta caixinha de cores possa ajudar Pais e Educadores a colorir a vida dos mais pequeninos.