
Para começar a educação do controlo dos esfíncteres, é imprescindível que se reúnam uma série de condições.
A primeira e imprescindível é a fisiológica, ou seja, os músculos dos esfíncteres (bexiga e ânus) devem estar suficientemente desenvolvidos, de forma a que possam fechar-se o necessário para reter as fezes.
A segunda é a condição mental, isto é, a criança deve ser capaz de compreender o que pretendemos dela, e ser consciente do acto que desejamos que realize.
Estes factores são comprováveis quando observamos que a criança:
• Retém a urina, umas duas horas seguidas;
• Manifesta com gestos que tem vontade de evacuar, ou que o está a fazer;
• Pede ao adulto para fazer chichi, quando o está já a fazer, ou mesmo depois de já o ter feito.
O processo deve ocorrer da seguinte forma:
• Tirar a fralda e vestir à criança roupa cómoda, que facilite as acções.
• O lugar mais adequado para que a criança evacue é o bacio.
• Pô-la no bacio quando virmos que retém a urina cerca de duas horas e a bexiga está cheia, para que possa esvaziá-la com facilidade, o que lhe produzirá satisfação e a animará a repetir esse acto. (se possível convertê-lo em rotina).
• Os momentos no bacio devem ser curtos.
• De início é suficiente que evacuem uma vez por dia no bacio.
• Pouco a pouco, ir-se-á dando conta de que se aproxima o momento de urinar e avisará com tempo, o que deve acontecer por volta dos 24 meses, embora se descuide algumas vezes ao longo do dia, por alguma tensão emocional (quando estiver nervosa, absorta numa brincadeira que a atrai, quando estiver com pessoas desconhecidas…) É importante que a criança não veja que nos aborrece, mas que provoca certos inconvenientes.
• Durante a noite a maioria consegue-o entre os dois e os três anos.
Nota:
• Deve respeitar-se o horário próprio de cada criança.
• Não devemos ralhar-lhe quando se descuidar, nem fazer comentários.
• A educação deve ser lenta e sempre em função da maturidade psicológica e física da criança, evitando ser demasiadamente exigentes neste controlo. Algumas crianças por vezes têm regressões (nascimento de um irmão, problemas afectivos…)